quarta-feira, 17 de junho de 2009

25 de junho: ontem e hoje


A história da humanidade é ilustrada de conquistas alcançadas através de lutas, de batalhadas travadas em diversos cenários, sendo diferenciadas conforme a época.
O homem, imbuído de seus anseios de domínio e de liberdade, torna-se carcereiro e prisioneiro de suas vontades, de seus desejos. Assim aconteceu na história do povo cachoeirano: a epopéia do 25 de junho de 1822.
Cantado em verso na letra do hino de Cachoeira, recitado em prosa por seus moradores e historiadores, o 25 de junho não foi apenas uma luta pelo ideal libertador do jugo português, mas, foi, antes de qualquer outro fim, a luta pela liberdade ansiada pelos anônimos, que junto às brigadas militares estiveram na Praça da Aclamação, em junho de 1822.
Negros escravos, pessoas humildes que também, além da luta por uma pátria livre, lutavam pela própria liberdade aprisionada pelo regime escravocrata, por uma sociedade burguesa, apoderada pelos senhores de engenho, que fazia da desigualdade social uma epidemia, afetando de forma vil os proletários.
Pobres, pretos, brancos, índios, militares, autoridades civis e religiosas - toda uma população de guerreiros. Forças que se uniram por um único ideal e ao mesmo tempo pelo próprio. Antagônico? Talvez sim, mas real.
A luta de liberdade do homem, desde o início do mundo, despe-se e veste-se de armas, cenários e contextos diversos, como outrora foi dito.
A história existe para registro de fatos ocorridos a serem conhecidos por gerações da atualidade e do futuro. Mas, constata-se que nem sempre tudo é sabido. Se percorrido os bastidores da mesma, muito se descobrirá oculto: ideais particulares, disputas interiores, batalhas políticas nem sempre eclodidas em vitória.
O grito de guerra ecoado há 187 anos, ainda ressoa aos ouvidos dos cachoeiranos, induzindo-os à nova epopéia.
A luta atual não é com armas de fogo, é uma busca por melhor qualidade de vida, por uma cidade politicamente estruturada, que possa atender as necessidades de seus munícipes através de geração de emprego, de uma educação qualificada que contemple, principalmente, a camada mais pobre da Cidade, de uma economia sustentável – indicadora da estagnação da desigualdade social.
Hoje, a batalha acontece através da mídia, por meio de passeatas políticas e populares de uma Cidade que almeja dar continuidade ao registro de sua história nos relatos da pós-modernidade, evidenciando seu progresso, fazendo memória a um povo heróico, imortalizado por sua cidadania e patriotismo.
Desde 2008, a cada 25 de junho, a capital do Estado é transferida para Cachoeira, por um dia (Lei 10.695/07, aprovada pela Assembléia Legislativa e sancionada pelo governador Jaques Wagner).
A história abre seu livro para rememorar um passado de feitos heróicos, a fim de despertar no povo cachoeirano o brio que os fará fascinar-se por novos ideais, revestir-se de glórias que farão jus aos seus antecipados, estabelecendo um diálogo entre o passado e o presente.
Salve Cachoeira! “Revivei constelada de sóis!”

8 comentários:

  1. Amiga Itana (minha Oshinha), amei este seu ensaio! Parabéns a você e à sua heróica terra natal! Beijo, até breve!
    Enézio.

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  2. Itana, parabéns pela sua iniciativa. Só o fato de você decidir escrever e compartilhar com outras pessoas já uma grande passo. Sucesso!
    Um abraço
    Alzira Costa

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  3. Corrigindo:
    ...já é um grande passo.

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  4. Olá Alzira,

    Obrigada pelo apoio e incentivo!

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  5. Olá meu tão querido amigo,

    Obrigada pelo seu constante apoio, por suas palavras de incentivo.

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  6. Oi Itana!!!!! Em 1° lugar parabéns pelo seu blog. Além de conhecimento, hj em dia é preciso ter coragem para isso.
    Em 2° lugar parabéns pelos textos, que estão muito bem elaborados e enfatizando o olhar crítico através da história, para soluções da sua cidade.
    Em 3ª lugar espero que este seu trabalho e seu fulgor crie uma iminência de senso crítico nas pessoas que por aqui passarem, a luta pelo FIM do estado de penúria é de todos.

    Muito sucesso pra vc!!
    Marcus Teles

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  7. Obrigada Marcus!
    Meu objetivo é escrever, o q gosto muito, e permitir que as pessoas embarquem junto comigo em minhas viagens literárias.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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